EVOLUÇÃO DA COVID-19 EM CRIANÇAS ATÉ 2 ANOS DE IDADE

ESTUDO BRASILEIRO DE BASE POPULACIONAL

Autores

Palavras-chave:

COVID-19, Saúde da Criança, Hospitalização, Mortalidade, Sistema de Informação em saúde.

Resumo

Objetivo: Analisar a evolução da COVID-19 em crianças de até 2 anos no Brasil entre 2020 e 2024, considerando características sociodemográficas, sintomas, comorbidades e desfechos clínicos, a fim de subsidiar políticas públicas voltadas à proteção desse grupo vulnerável. Métodos: Trata-se de um estudo descritivo, exploratório e transversal de base populacional, utilizando dados secundários do Observatório Obstétrico Brasileiro SRAG 1000 Dias. Foram analisados registros de crianças diagnosticadas com COVID-19, abrangendo variáveis como sexo, cor da pele, zona de residência, sintomas, comorbidades, hospitalizações e desfechos clínicos. A análise dos dados foi realizada com estatística descritiva, utilizando SPSS v.21 e Python para modelagem e visualização dos resultados. Resultados: A maioria dos casos ocorreu em crianças pardas e brancas, residentes em áreas urbanas. Os sintomas mais prevalentes foram febre (65,7%), tosse (79,5%) e dispneia (59,5%), com redução progressiva em 2024. A taxa de hospitalização em UTI aumentou até 2023 (25,4%), seguida de uma leve queda. O suporte ventilatório invasivo apresentou variação mínima, enquanto o não invasivo cresceu (47,3% em 2024). A taxa de cura atingiu 92% em 2023, mas caiu para 59,3% em 2024. A mortalidade reduziu de 5,2% (2020) para 1,5% (2024). Conclusão: Apesar da queda da mortalidade, desafios como a baixa adesão vacinal e desigualdades no acesso à saúde persistem. Os achados reforçam a necessidade de vigilância epidemiológica contínua e políticas para ampliar a vacinação e o manejo dos casos graves.

Palavras-chave: COVID-19; Saúde da Criança; Hospitalização; Mortalidade; Sistema de Informação em saúde.

Biografia do Autor

  • Gustavo Gonçalves dos Santos, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Campus Guarujá

    Graduação em Enfermagem pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade Anhembi Morumbi (EE/UAM). Especialização em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Especialização em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde com ênfase em Estratégia Saúde da Família pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Mestrado em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FMB/UNESP). Atualmente, Professor do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Campus Guarujá. Doutorando no Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP) com co-tutela na Escuela Universitaria de Enfermería Cruz Roja da Universidad Autónoma de Madrid (CRE-UAM) e na Facultad de Enfermería y Fisioterapia da Universidad de Salamanca (USAL), Espanha. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Mulher da Universidade Federal do Piauí (GEPSM/UFPI/CNPq) e do Grupo de Estudos Enfermagem em Saúde Sexual e Reprodutiva da Universidade Federal do Ceará (GESSARE/UFC/CNPq). Linha de pesquisa: Assistência à Saúde da Mulher no ciclo vital trabalhando com temáticas sobre saúde das mulheres negras, indígenas, quilombolas e privadas de liberdade, disparidades e iniquidades étnicas raciais, mortalidade materna e near miss, paternidade, puerpério paterno e depressão pós-parto paterna. Pai de Nicollas Lucio Gonçalves (2015), Liz Lucio Gonçalves (2022) e Maya Lucio Gonçalves (2023). Licença paternidade em novembro de 2015, junho de 2022 e outubro de 2023. ResearcherID: HJG-8480-2022. ORCID: 0000-0003-1615-7646

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Publicado

10.02.2025