Palavras-chave:
Aborto, Sa´´ude da mulher, Mortalidade, Mortalidade materna, Sistemas de informação
Resumo
Objetivo: Analisar os óbitos de mulheres em idade reprodutiva (10-49 anos) e óbitos maternos relacionados a abortos no Brasil entre 2015 e 2023. Metodologia: Estudo transversal, descritivo e exploratório de base populacional, com dados extraídos do banco de dados TabNet do Sistema Único de Saúde (DATASUS). Foram incluídos óbitos maternos cuja causa foi categorizada como aborto (CID-10 O003 a O07). Excluíram-se dados incompletos. A análise descritiva incluiu variáveis demográficas e sociais, e o software EPI-INFO 7.2® foi utilizado para cálculos estatísticos. Resultados: Houve maior concentração de óbitos em mulheres de 40-49 anos, com predominância de óbitos maternos na faixa de 30-39 anos. As mulheres pardas e solteiras foram as mais afetadas. O Sudeste apresentou o maior número de óbitos, seguido pelo Nordeste. Óbitos em hospitais predominaram, mas óbitos também ocorreram em domicílios e outros locais. Complicações infecciosas e hemorrágicas foram frequentes nos casos de aborto. Conclusão: Os dados revelam desigualdades regionais e raciais na mortalidade materna, além de destacar a vulnerabilidade de mulheres com baixa escolaridade e suporte familiar limitado. A análise enfatiza a necessidade de políticas públicas para melhorar o acesso a cuidados de saúde reprodutiva e a importância de intervenções direcionadas a grupos específicos para reduzir a mortalidade materna no Brasil.
Palavras-chave: Aborto; Saúde da Mulher; Mortalidade; Mortalidade materna; Sistemas de Informação em Saúde.
Biografia do Autor
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Sabrina Avelar dos Santos, Faculdade de Enfermagem da Universidade Santo Amaro (UNISA)
Acadêmica do curso de Bacharelado em Enfermagem. Faculdade de Enfermagem da Universidade Santo Amaro (UNISA). São Paulo – SP, Brasil
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Gustavo Gonçalves dos Santos, Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Campus Guarujá
Graduação em Enfermagem pela Escola de Ciências da Saúde da Universidade Anhembi Morumbi (EE/UAM). Especialização em Enfermagem Obstétrica pela Faculdade Israelita de Ciências da Saúde do Hospital Israelita Albert Einstein (HIAE). Especialização em Enfermagem na Atenção Primária à Saúde com ênfase em Estratégia Saúde da Família pelo Conselho Federal de Enfermagem (COFEN). Mestrado em Saúde Coletiva pelo Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina de Botucatu da Universidade Estadual Paulista Júlio de Mesquita Filho (FMB/UNESP). Atualmente, Professor do curso de Bacharelado em Enfermagem da Universidade de Ribeirão Preto (UNAERP), Campus Guarujá. Doutorando no Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP) com co-tutela na Escuela Universitaria de Enfermería Cruz Roja da Universidad Autónoma de Madrid (CRE-UAM) e na Facultad de Enfermería y Fisioterapia da Universidad de Salamanca (USAL), Espanha. Membro do Grupo de Estudo e Pesquisa em Saúde da Mulher da Universidade Federal do Piauí (GEPSM/UFPI/CNPq) e do Grupo de Estudos Enfermagem em Saúde Sexual e Reprodutiva da Universidade Federal do Ceará (GESSARE/UFC/CNPq). Linha de pesquisa: Assistência à Saúde da Mulher no ciclo vital trabalhando com temáticas sobre saúde das mulheres negras, indígenas, quilombolas e privadas de liberdade, disparidades e iniquidades étnicas raciais, mortalidade materna e near miss, paternidade, puerpério paterno e depressão pós-parto paterna. Pai de Nicollas Lucio Gonçalves (2015), Liz Lucio Gonçalves (2022) e Maya Lucio Gonçalves (2023). Licença paternidade em novembro de 2015, junho de 2022 e outubro de 2023. ResearcherID: HJG-8480-2022. ORCID: 0000-0003-1615-7646