Palavras-chave:
Interseccionalidade, Saúde da Mulher, Saúde da População Indígena, Mortalidade Materna, Sistemas de Informação em Saúde
Resumo
Objetivo: Analisar os padrões e determinantes contextuais da mortalidade materna entre mulheres indígenas no Brasil de 2020 a 2024. Metodologia: Trata-se de um estudo ecológico, utilizando dados do Observatório Obstétrico Brasileiro. A análise foi conduzida de maneira descritiva onde foram calculadas medidas de tendência central, realizadas no software R. Resultados: Observou-se que mulheres pardas e pretas representam as maiores proporções, correspondendo a 53% e 12%, respectivamente. A proporção de mulheres indígenas é significativa na região Norte (58%). As mortes diretas predominaram, totalizando 52% dos casos, enquanto as mortes indiretas 45%. O puerpério imediato foi o período de maior concentração de óbitos (61%), embora 84% das mulheres tenham recebido assistência, existe a baixa realização de necropsias (9,7%) e investigações do óbito (22%). Conclusão: O estudo destaca a urgência de intervenções para a redução das desigualdades raciais. Ao priorizar as especificidades culturais e sociais, as políticas públicas podem garantir o acesso equitativo à saúde e prevenir mortes evitáveis.
Palavras-chave: Interseccionalidade; Saúde da Mulher; Saúde da População Indígena; Mortalidade Materna; Sistemas de Informação em Saúde.
Biografia do Autor
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Gustavo Gonçalves dos Santos, Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). São Paulo – SP, Brasil.
Enfermeiro Obstétrico e Mestre em Ciências. Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). São Paulo – SP, Brasil.
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Edson Silva do Nascimento, Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMUSP)
Enfermeiro Intensivista, Pediátrico e Neonatal e Mestre em Ciências. Programa de Pós-graduação em Saúde Coletiva da Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo (FMSUP). São Paulo – SP, Brasil.
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Giovana Aparecida Gonçalves Vidotti, Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). São Paulo – SP, Brasil.
Enfermeira e Doutora em Ciências. Programa de Pós-graduação do Departamento de Ginecologia da Escola Paulista de Medicina da Universidade Federal de São Paulo (EPM/UNIFESP). São Paulo – SP, Brasil
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Beatriz María Bermejo-Gil, Facultad de Enfermería y Fisioterapia de la Universidad de Salamanca
Enfermeira e Doutora em Ciências. Facultad de Enfermería y Fisioterapia de la Universidad de Salamanca (USAL). Salamanca, Espanha
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Leticia López Pedraza, Escuela Universitaria de Enfermería de la Cruz Roja de la Universidad Autónoma de Madrid
Enfermeira e Doutora em Ciências. Escuela Universitaria de Enfermería de la Cruz Roja de la Universidad Autónoma de Madrid (EUE/UAM). Madrid, Espanha