CHIKUNGUNYA

ANÁLISE EPIDEMIOLÓGICA DO VÍRUS CHIKUNGUNYA NO PIAUÍ

Autores

  • RAYLANE GOMES CUNHA Universidade Estadual do Piauí - UESPI Autor
  • FABIANA DE JESUS GONÇALVES Universidade Estadual do Piauí - UESPI Autor
  • GLAUCIO FERNANDO DE NEGREIROS Universidade Estadual do Piauí - UESPI Autor
  • MARIANE CARDOSO PEREIRA E SILVA Universidade Estadual do Piauí - UESPI Autor
  • RAYSSA ADRYELLE DA SILVA SANTOS Universidade Estadual do Piauí - UESPI Autor

Palavras-chave:

Chikungunya, Arboviroses, Piauí, Saúde Pública

Resumo

INTRODUÇÃO: A febre Chikungunya é uma arbovirose causada pelo vírus CHIKV (Togaviridae, gênero Alphavirus), transmitida principalmente pelos mosquitos Aedes aegypti e Aedes albopictus. Identificada inicialmente na Tanzânia (1952), a doença expandiu-se globalmente, atingindo o Brasil em 2014. Suas manifestações clínicas incluem febre aguda, artralgia incapacitante e, em 30–40% dos casos, evolução para formas crônicas com artropatias persistentes, representando um desafio para a saúde pública, especialmente em regiões tropicais como o Piauí. OBJETIVO: Analisar o perfil epidemiológico da Chikungunya no Piauí entre 2023 e 2024, com base em dados oficiais do Ministério da Saúde, e discutir estratégias para controle vetorial e manejo clínico, considerando as particularidades regionais e evidências científicas recentes. METODOLOGIA: Estudo descritivo e retrospectivo bem como revisão literária utilizando dados secundários - Revisão bibliográfica: Busca nas bases SciELO, BVS, PubMed, Google Acadêmico e Mendeley (2015–2024), com os descritores "Vírus Chikungunya" e "Epidemiologia Chikungunya Piauí". Foram selecionados 6 estudos nacionais após triagem por relevância temática e qualidade metodológica. Ademais, foi realizada um estudo de casos notificados no Painel de Monitoramento de Arboviroses (2023–2024), analisados por incidência, faixa etária, sexo e raça. RESULTADOS: Redução de 79,5% nos casos (4.302 em 2023 para 881 em 2024); Maior incidência em: mulheres (60%), adultos jovens (20-49 anos; 55%) e população parda (70%); Fatores associados: condições climáticas, urbanização e co-circulação com dengue. CONCLUSÃO: Apesar da queda nos casos em 2024, a Chikungunya mantém-se endêmica no Piauí, com impacto significativo na morbidade devido às artralgias crônicas. Recomenda-se: Fortalecer a vigilância com diagnóstico diferencial para arboviroses; Capacitar profissionais no manejo das fases aguda e crônica; Implementar ações intersetoriais de controle vetorial e educação em saúde, adaptadas às características socioambientais da região.

segunda edição

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Publicado

10.04.2025