RASTREAMENTO E PREVENÇÃO DO CÂNCER DO COLO DO ÚTERO
DESAFIOS E ESTRATÉGIAS EM POPULAÇÕES VULNERÁVEIS
Palavras-chave:
Câncer do Colo do Útero, Populações Vulneráveis, Rastreamento, Prevenção, Acesso à SaúdeResumo
O câncer de colo de útero é um grande desafio de saúde pública no Brasil, com elevados índices de incidência e mortalidade, principalmente entre populações socialmente vulneráveis. Este estudo analisa os obstáculos sociais, estruturais e de acesso que dificultam a prevenção e o rastreamento dessa neoplasia. Trata-se de uma revisão integrativa da literatura, realizada a partir de artigos encontrados nas bases Scientific Electronic Library Online (SciELO) e Biblioteca Virtual em Saúde (BVS), abrangendo os últimos cinco anos. Foram analisados estudos que investigam o impacto das desigualdades sociais, geográficas e de gênero no acesso ao exame citopatológico (Papanicolau) e à vacinação contra o Papilomavírus Humano (HPV). Os principais resultados revelaram que fatores como baixa escolaridade, raça/etnia, ausência de parceiro fixo, dependência exclusiva do sistema público de saúde, deficiência física, privação de liberdade e a condição de homens transgêneros estão associados à menor adesão às práticas preventivas e ao diagnóstico em estágio avançado. Estratégias como a autocoleta para detecção do Papilomavírus Humano (HPV) mostraram-se promissoras para aumentar a adesão ao rastreamento. Conclui-se que fatores sociais, econômicos e estruturais influenciam diretamente a prevenção e o diagnóstico precoce do câncer de colo de útero. Isso exige o fortalecimento de políticas públicas que promovam o acesso equitativo aos serviços de saúde, com enfoque na educação, inclusão, equidade e continuidade do cuidado.
