Fatores de Risco da Leishmaniose Visceral em Gestantes
Análise dos Impactos na Saúde Materno-Fetal
Palavras-chave:
Leishmaniose visceral, Gestação, Pré-natal, Saúde materno-fetalResumo
A leishmaniose visceral (LV) na gestação representa um complexo desafio clínico-epidemiológico, dada a possibilidade de transmissão vertical e os riscos materno-fetais associados. O presente estudo objetivou sintetizar as evidências sobre a ocorrência da LV em gestantes, suas manifestações clínicas, transmissão vertical e estratégias de prevenção e manejo. Trata-se de uma Revisão Narrativa da Literatura, baseada na seleção de dez publicações (artigos científicos, dissertações, teses e capítulos de livro), abrangendo o período de 2005 a 2025. A análise explorou aspectos epidemiológicos, manifestações clínicas, desfechos neonatais, diagnóstico e políticas de atenção à saúde materno-infantil. Os resultados indicam que a LV pode agravar o prognóstico materno e fetal, induzir complicações obstétricas e, em relatos, ser transmitida verticalmente, com impactos no desenvolvimento neonatal. Ressalta-se a importância do pré-natal como ferramenta de vigilância e intervenção precoce, bem como o papel das pesquisas experimentais na compreensão da imunidade materno-fetal. A revisão aponta lacunas no manejo clínico, na padronização de protocolos e na integração de políticas públicas. Conclui-se que a LV em gestantes exige abordagem multidisciplinar, políticas públicas robustas e investimento em pesquisa, visando reduzir a mortalidade materno-neonatal e promover a equidade em saúde.
