Desafios da doença de Chagas congênita
lacunas no rastreamento e no manejo de gestantes e recém-nascidos
Palavras-chave:
Chagas congênita, transmissão vertical, Imunodiagnóstico, Trypanosoma cruzi, GestantesResumo
Esta revisão de literatura aborda a transmissão vertical da Doença de Chagas e os desafios relacionados à forma congênita, enfatizando as lacunas de rastreamento, desde o pré-natal e o tratamento dessas gestantes. O objetivo foi analisar as evidências científicas sobre a prevalência, os mecanismos de transmissão materno-fetal, o diagnóstico e as estratégias de prevenção da Chagas congênita. A busca dos artigos foi realizada nas bases de dados BVS, PubMed, SciELO e LILACS, considerando publicações em português, inglês e espanhol, entre 1992 e 2025, selecionadas a partir de critérios de relevância clínica, epidemiológica e de saúde pública. Foram incluídos 7 estudos, os quais demonstraram que a transmissão vertical, embora menos frequente que a vetorial, permanece uma importante via de infecção, especialmente em áreas endêmicas e em contextos de migração internacional. Os resultados apontam que a detecção precoce da infecção congênita e o tratamento imediato aumentam significativamente a taxa de cura, contudo, ainda existem dificuldades no rastreamento sistemático e na cobertura de triagem pré-natal. Conclui-se que a Chagas congênita representa um desafio atual para os sistemas de saúde, exigindo maior integração entre diagnóstico precoce, acompanhamento materno e políticas públicas de prevenção. Ressalta-se, ainda, a necessidade de ampliar programas de triagem neonatal e de educação em saúde voltados às gestantes em risco.
